8 de julho de 2014

e quando se está na corda bamba?

Na verdade, não sei bem como começar esta publicação. Talvez a falta de saber como começar seja a causa de tanto, tanto tempo sem escrever. Já não me lembro da última vez que tive uma crise destas: não saber lidar com a folha em branco, ter demasiado para dizer. Tanto que fica impossível escolher as palavras certas. Ou mesmo as erradas.
Quando se termina um ciclo faz-se, inevitavelmente, uma retrospectiva. Do que foi, do que significou. Mas, pior do que tudo é pensar no que não se fez e no que se vai fazer daqui para a frente.
Quando se termina um ciclo recebemos os parabéns. "Agora é que vai ser!", "Já tens perspectivas?". Há um mês atrás, eu tinha perspectivas. Não era o que tinha idealizado mas era alguma coisa. Quando me perguntavam eu respondia com orgulho que as tinha. 
Mas e quando nos tiram o tapete? E quando deixamos de ter respostas? E quando se começam a acumular perguntas?
Os últimos dias têm sido complicados. Há uma insatisfação que não consigo controlar. Uma agonia desmedida para tentar encontrar soluções e respostas. Tão desmedida que tudo acaba por se baralhar. Uma mistura explosiva entre aquilo que é o sonho e a realidade. 

Estou (ou sinto-me) na corda bamba. E é difícil.

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