7 de maio de 2015

coisas que eu queria.

Estou a tentar comprar um biquíni desde o início da semana. O motivo é o normal: vem aí o calor e eu compro um todos os anos. Faz parte da rotina, não há volta a dar.
Mas está a ser difícil. Quase que jurava que passou a ser uma peça de luxo. Passaram a existir duas grandes áreas no tema dos biquínis e fatos de banho: Existem os que têm uma parte de baixo parecida a uma saca de batatas que costumo ter na dispensa e outros que quiseram poupar no tecido e só tapam o que - dizem - é mesmo necessário. 
Quanto aos preços a coisa também não está fácil. Biquínis a noventa e cem euros parece-me só assim um pouco exagerado. Como se aquilo não fosse tudo à água do mar e ao cloro e não ficasse uma bela trampa. Custam cem euros porque são peças mega artesanais e mega diferentes. Tão diferentes que sou capaz de vos fazer uma lista de cinquenta páginas no facebook que vendem os mesmos modelos mas em padrões diferentes. Têm todos folhos, quarenta mil fitas a passar pelo corpo e buracos nos sítios mais esquisitos que proporcionarão um belo bronzeado caso queiram parecer uma obra de arte. 

A verdade é que eu só queria um biquíni. Uma coisa normal, para ir à praia, gira mas que não precisa de ser artesanal, feita nos melhores ateliers ali da zona de cascais ou mesmo única. Eu só quero um biquíni. Uma parte de cima que me favoreça e uma parte de baixo que esteja no ponto certo.

Eu só quero um biquíni.

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