15 de abril de 2015

às carolinas.

Não conheço nenhuma Carolina que, pelo menos uma vez na vida, não tenha sido Catarina. Faz parte. Fazemos parte de um núcleo que sofre por pouca gente entender ou raciocinar o nosso nome à primeira. 
Durante toda a minha vida fui Catarina sendo Carolina. Ao início ainda vai saindo um não é Catarina, é Carolina. Depois passa. Passamos a ser o que quiserem e nem se discute o assunto. Respondemos aos dois nomes e até olhamos para ver se não é para nós. Já fui Catarina na escola, entre colegas, entre amigos, desconhecidos, nos call centers, nos balcões de atendimento, no emprego e por aí fora. Já deixei de revirar os olhos, na esperança de que percebam a minha indignação. 
Mesmo quem me conhece aos anos continua a, de quando em vez, confundir o meu nome. Grande parte dos meus antigos professores ainda me chamam Catarina com a mesma emoção, como se nunca tivessem sido chamados à atenção para o erro. Para qualquer Carolina que vira Catarina, é desgastante passar a vida inteira a ser confundida. 

Não sei se a culpa é da sonoridade ou se existe outra razão lógica para este facto. Mas gostava de pedir ao mundo que passe a dar mais atenção às Carolinas. Nós não merecemos isto. Somos gente porreira (no geral).


Sem comentários:

Enviar um comentário