Não conheço nenhuma Carolina que, pelo menos uma vez na vida, não tenha sido Catarina. Faz parte. Fazemos parte de um núcleo que sofre por pouca gente entender ou raciocinar o nosso nome à primeira.
Durante toda a minha vida fui Catarina sendo Carolina. Ao início ainda vai saindo um não é Catarina, é Carolina. Depois passa. Passamos a ser o que quiserem e nem se discute o assunto. Respondemos aos dois nomes e até olhamos para ver se não é para nós. Já fui Catarina na escola, entre colegas, entre amigos, desconhecidos, nos call centers, nos balcões de atendimento, no emprego e por aí fora. Já deixei de revirar os olhos, na esperança de que percebam a minha indignação.
Mesmo quem me conhece aos anos continua a, de quando em vez, confundir o meu nome. Grande parte dos meus antigos professores ainda me chamam Catarina com a mesma emoção, como se nunca tivessem sido chamados à atenção para o erro. Para qualquer Carolina que vira Catarina, é desgastante passar a vida inteira a ser confundida.
Não sei se a culpa é da sonoridade ou se existe outra razão lógica para este facto. Mas gostava de pedir ao mundo que passe a dar mais atenção às Carolinas. Nós não merecemos isto. Somos gente porreira (no geral).
Sem comentários:
Enviar um comentário