a minha relação com o Natal é complicada. Gostava de gostar como dantes. Gostava de ter tudo outra vez: a vontade de quem vem, a campainha que toca, os sorrisos de quem é feliz nestes dias. Gostava mesmo muito de fazer a árvore com gosto, de ter uma casa cheia (não de pessoas, mas de felicidade). Não peço a família grande que nunca tive, mas peço que me tragam de volta quem já não está.
O meu Natal escreve-se com saudade, como já o disse, porque já não tem o mesmo brilho.
Porque já não o vivemos com a mesma intensidade, não o aproveitamos com o mesmo carinho. O meu Natal escreve-se com saudades daquele cuja partida veio mudar tudo.
Se o tempo cura realmente tudo, ainda falta curar muito.
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