2 de dezembro de 2013

Eu e as crianças

Se há algo neste mundo com que (ainda, talvez) não lido bem é com crianças. Chamem-me insensível, vá. 
Não, agora a sério... Não sei a que se deve esta falta de ligação mas se há coisa que me lixa é deixarem-me a tomar conta de um bebé. Ou passarem-me uma criança para as mãos e dizerem-me que vão ali e voltam já. Nesse momento há sempre um pânico que se apodera de mim. As outras pessoas, as sensíveis, fazem caretas. Dizem palavras que nem sei se são palavras tipo "gugudádá cutxi cutxi bebé lindo". Arranjam brincadeiras minimamente engraçadas para fazerem. 
Eu não. Eu fico a olhar para a criança com um ar de "tu vê lá o que é que vais fazer" e depois a respectiva fica a olhar para mim com ar de "oh que caraças mas quem é esta que me calhou na rifa?"
Na maioria das situações em que estou com crianças elas nunca passam muito tempo comigo. Provavelmente cheiras-lhe a medo ou a incompetência e eu sempre ouvi dizer que as crianças têm sempre razão. Elas lá sabem porque é que preferem outra pessoa para brincar com eles.
Tendo em conta que entrei naquela fase da vida em que toda a gente à minha volta faz planos para ter criaturas pequenas dentro de 5 ou 10 anos começo a achar que no dia (já pensando que esse dia pode chegar) em que uma criança minha vier ao mundo vai imediatamente olhar para mim e ver o inimigo.

P.S.: Por agora prefiro pensar que a coisa mais pequena que se vai manter na minha vida durante os próximos tempos é a Oreo (a cadela, senhores, a cadela). 

P.S.2.: Percebo se, a partir deste momento, pensarem que sou uma parvalhona sem instinto nenhum destas coisas das crianças e que não sabe o quão bom pode ser ter uma casa carregada de putos e que eles são o melhor da vida, etc, etc, etc. 

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