Há dias que são maus. Todos os temos. Dias em que a cabeça parece não estar activa e em que o corpo pede para parar. São dias assim, maus. Dias secos, sem sabor. Que não interessam a ninguém. Destes dias nunca apetece falar e nem se sabe sequer o que dizer. Se alguém perguntar o que se passa, não se passa nada. Encolhe-se os ombros. Respira-se fundo. Continua-se.
Há dias que são maus. E sabemos porquê. Mas mesmo sabendo custa explicar, as palavras enrolam-se e nem vale a pena insistir. Dias em que discutimos com quem não tem culpa. Nós não queríamos discutir mas bolas, também não queríamos estar num dia mau e estamos. Por isso, discutimos porque sim. Porque perdemos a racionalidade.
Há dias que são maus. Esses dias só pertencem a cada um de nós. Pronto.
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