29 de maio de 2013

Acreditar é meio caminho para conseguir

Hoje, numa aula, falava-se sobre blogues. Sobre o que foram, o que são, para que servem, porque continuam a existir, sobre o futuro.
Já tive outros blogues, coisas de adolescente deprimida cheia de pensamentos frustrados, de amores proibidos, de crises de identidade, momentos de loucura. Coisas sem graça, sem grande fundamento, de quem acha que é a pessoa com mais problemas à face da terra. Devia ter uns 14 ou 15 anos e, por isso, lidava com esses espaços como se fossem um diário que escondia de algumas pessoas. Por vergonha, por embaraço, por no fundo saber e ter noção do quão ridículas eram as coisas que escrevia. 
Entretanto deixei-me disso, achei que já era «grande» para essas andanças, que já não tinha vontade de escrever, que nunca ia conseguir fazer nada disto funcionar. 
O ano passado decidi voltar a arriscar. Porque, no fundo, criar uma página pessoal (um blogue) é um risco. O risco de verem as nossas palavras e não gostarem delas, o risco de falharmos enquanto autores, de não sermos capazes de aguentar o barco. Hoje, falava-se que para ter um blogue é preciso tempo, dedicação, «amor à causa». É preciso alimentá-lo, fazê-lo crescer, torná-lo num objecto de marketing e saber divulgá-lo. E é mesmo isto. Quando criei a Gaiola de Loucos, não o fiz com o objectivo de ser só mais um, de ser mais um depósito de lamentos e frustrações. Criei-o com outra maturidade, criei-o como um projecto.
A necessidade de alimentar e fazer deste projecto algo maior e melhor passou agora a ser quase que uma obrigação, uma meta. Porque acredito nele como nunca acreditei em nenhum dos outros. Porque sei que sou capaz de o fazer ir mais longe. 
Tenho muitos outros projectos na minha vida mas este é muito mais pessoal e, talvez por isso, mais desafiante. E por ser mais pessoal exige mais de mim própria. No fundo, sou eu que faço dele aquilo que ele é, que lhe dou personalidade. 
Como em tudo na vida, isto é um jogo de paciência. É preciso esperar, arriscar, ganhar, perder, avançar, recuar, errar... para que dê certo. O truque é não desistir, acreditar que conseguimos levar a nossa personalidade mais longe. E se acreditamos é meio caminho andado para conseguirmos.

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