16 de janeiro de 2013

O chamado cheiro a gente

Então é assim. Uma pessoa acorda, arranja-se, vai para o transporte público mais apropriado para o dia em questão (seja metro ou autocarro) já um bocado contrariada e, ainda mal são nove da matina, depara-se logo com aquilo que pode vulgarmente ser denominado de "cheiro a gente". O mesmo acontece ao final do dia, quando uma pessoa já vai cansada para casa e entra no mesmo transporte e o caso fica ainda mais, muito mais grave.
O cheiro a gente tem duas fases, consoante a altura do ano. Há o cheiro mais característico do Verão que se pode considerar assim a puxar para o cheiro a suor, o cheiro a falta de desodorizante, o cheiro a...pessoa  da forma mais natural possível sem qualquer aditivo. Nesta estação do ano também é muito característico apanharmos a pessoa que vai com o bracinho levantado no metro a emanar odores que dão vontade de saltar para a linha o mais depressa possível.
Depois há o cheiro mais característico do Inverno que é mais a puxar para o não-sei-bem-o-quê. Não é bem suor, é a ausência de cheiro bom. É indefinido, inexplicável, é pessoa, ponto.
A situação do cheiro a gente é uma situação que me incomoda. Eu percebo que depois de um dia a correr de um lado para o outro o desodorizante perca um bocadinho do seu efeito, percebo que o perfume vá desvanecendo ao longo do dia e que a espuma de banho já não deite aquele odor agradável mas não percebo a não utilização de qualquer destes utensílios de higiene e limpeza ou lá o que lhe queiram chamar. Sei que estamos em crise mas uma pessoa também fica com uma crise no nariz quando tem que ir o caminho todo a levar com o odor e não precisa de ser nada xpto. O que não falta por aí são opções em conta, por amor da Santa.

Entretanto, continuo a achar que estes transportes eram bons locais para publicidade a este tipo de produtos... Podia ser que desse algum resultado. Podia ser que a coisa se desse e houvesse uma adesão porreirinha, sabe-se lá...

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