14 de janeiro de 2013

Ainda sobre preguiça

Tenho um problema grave, gravíssimo com o despertador. É que nem é uma relação de amor-ódio. Não há um pingo de amor! Nada, zero, bola, nicles. É tudo ódio, do mais puro que há. Todos os dias o gajo toca, às sete e cinquenta da matina com o barulho mais ensurdecedor que vocês possam imaginar (se fosse diferente nem sequer o ouvia) e eu semi-abro os olhos para desligar aquela coisa estupidamente irritante. A partir daí é uma briga constante. "Ah, sete e cinquenta... mais cinco minutos ainda dá", "Ah, sete e cinquenta e cinco...se calhar mais uns dez minutos". Ele bem continua a tocar de vez em quando para ver se mexo o rabo da cama, mas nada. Não dá, é tudo demasiado doloroso. O sair dos lençóis, o frio que se sente no quarto, o frio que depois se vai sentir na casa de banho, o abrir da janela para entrar o sol... Tudo, todas as manhãs.
Eu bem tento, a sério. Quando me vou deitar penso sempre que no dia seguinte vai ser diferente. Que vou acordar logo assim que o raio do despertador tocar, que não vou andar mais uma vez a correr para me despachar a horas, sem lamentações, sem desculpas para mais "cinco minutos". Mas acho que até ao dia em que o despertador passe a ser um conjunto de ferros a arder na minha pele, não há nada a fazer. 
Tenho pouca força de vontade para estas coisas, o que é que querem?

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