13 de fevereiro de 2014

hoje é o dia da rádio

Hoje é o dia da rádio. Parece banal até porque existe um dia para tudo e mais alguma coisa. Mas hoje, volto a referir, é o dia da rádio. Daquilo que ouvimos todos os dias quando vamos no carro, enquanto tomamos banho ou quando estamos a estudar. Quando se está numa fila interminável de trânsito ou quando ainda são sete da manhã e precisamos de nos manter acordados. Daquilo que nos faz rir e parecer ligeiramente malucos quando estamos sozinhos e soltamos uma gargalhada, respondemos a uma pergunta mesmo sabendo que ninguém ouve a resposta ou cantamos a nossa música favorita aos berros. 

Hoje é o dia da rádio e eu já fui muito feliz na rádio. Quando precisei de fazer o primeiro estágio curricular integrado no meu curso, tive a oportunidade de ir para a rádio. Não sabia nada sobre ela, apesar de me interessar. Não sabia como funcionava, como vivia, quem a fazia existir. Não sabia o que acontece quando se baixa o botão e fica a música a tocar. Estive três meses na rádio. Todos os dias. Três horas por dia. 
Fui feliz na rádio porque aprendi da melhor maneira que se pode aprender alguma coisa. Aprendi sem esforço, sem contrariedades, sem me custar acordar e ir. E porque mais do que qualquer coisa técnica aprendi o valor que a rádio pode ter, a maneira como pode ser importante e mudar a vida de alguém, o poder das palavras. Vi pessoas enviarem lembranças a outras pessoas de quem só conhecem a voz. Como se fossem amigos. Percebi que o seu poder é muito, mas muito maior do que alguma vez se poderá imaginar.

Acima de tudo, fui feliz na rádio porque eu própria estive perto de pessoas fantásticas. De quem sempre me fez sentir em casa e me recebia sempre com um sorriso. De quem se preocupava comigo. 

Fui feliz na rádio. Ali, na Amália. 

Fotografia tirada num dia de estágio, publicada aqui.

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