9 de outubro de 2013

As mulheres, pá, as mulheres

As mulheres são, efectivamente, umas cabras. Assim: curto e grosso. Mais grave do que isso elas são umas cabras umas para as outras. E, atenção, enquanto escrevo isto estou também a insultar-me.
Nisto, tenho que gabar os homens. Eles são simplistas. Puros. Desprovidos de maldade. Homem que é homem quando encontra um amigo na rua (mesmo que já não o veja sei lá desde quando) dá uma palmada nas costas com toda a força, um carolo na cabeça e se for preciso ainda diz "Então meu cabrão, estás bom?". No entanto, não dizem cabrão com maldade nenhuma. É um elogio. Eles gostam de forma pura das outras pessoas. Dos do mesmo sexo e com os mesmos cromossomas. Não reparam na roupa, no cabelo, na nódoa na t-shirt ou nas meias aos bonecos.
As mulheres são muito mais complicadas do que isso. Cumprimentam com um beijinho (ou dois, isto depende muito do estatuto) e fazem um sorriso de orelha a orelha. Com a melhor amiga, a amiga, a colega ou até a inimiga que se vêem obrigadas a cumprimentar por questões sociais. Enquanto sorriem fazem um raio-x que vai desde a ponta espigada do cabelo número 30 até à ponta das botas ou à unha do pé que está pintada de rosa choque. Interiormente, enquanto uma mulher sorri, pensa como é que é possível alguém andar assim vestido ou como é que é possível aquela desgraçada ter a mala que sempre desejámos.
Os homens não são cá de falinhas mansas. Ou gostam ou não gostam. Se gostam mostram que e porque é que gostam. Se não gostam, nem há mais conversas.
Para nós, mulheres, parece que há alguma coisa que nos obriga a ser falsas quando não gostamos. E, só muito raramente, só mesmo quando já não aguentamos mais é que batemos com a mão na mesa e deixamos de falar à cabra que tanto nos irrita. E, para as mulheres, cabra é efectivamente uma palavra má.
Tenho cá para mim que (pelo menos nisto) devíamos todos ser homens. Eu gosto da maneira como eles chamam filho da mãe uns aos outros e ninguém guarda rancor. De como se dão bem mesmo quando um dá um pontapé entre as pernas do outro. Nisto, eu acho que eles são muito mais felizes.

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