14 de julho de 2013

Olé...pois

Ontem, por alguma força das circunstâncias assisti a partes do novo programa da Sic, o "Olé". Já tinha ouvido falar e já tinha constatado que isto anda tudo é a comer gelados com a testa. Mas, calhou ver. E daquilo que vi (que não foi assim tanto) nem sei por onde começar. Foi tudo... tudo de me deixar sem palavras. O próprio conceito do programa já deixa alguma coisa a desejar mas, como tudo nesta vida, se tivesse sido bem utilizado talvez tivesse resultado relativamente bem. Sou ribatejana, não propriamente viciada nem entendida em festa brava, touros, corridas, praças, forcados. Mas suficientemente esperta para saber que passamos a vida a querer defender as tradições. Aquilo que é nosso. Andamos para aí a lutar com unhas e dentes para manter aquilo que gerações e gerações lutaram para que fosse reconhecido. Não sei se é só de mim mas transformar tradições em palhaçadas não é a melhor maneira de fazer alguma coisa ser reconhecida. Ou pelo menos, bem reconhecida.
O "Olé" não é mais do que a prova de que este país tem profissionais incompetentes e pessoas que dão a cara por coisas que nem sequer sabem do que se trata. E eu, não sei bem se comece por me armar em blogger de moda ou em crítica de produção (isto existe?).
Pôr a Bárbara Guimarães e o José Figueiras a apresentarem este programa sem qualquer tipo de preparação é a mesma coisa que me fazerem ir apresentar um programa sobre culturismo sem passar pelo menos uma noite a aprender sobre isso. A Bárbara parecia saída de um filme do Tim Burton com aquele vestido e cada vez que abria a boca saía um disparate. O José Figueiras parecia uma barata tonta sem saber o que fazer ou dizer.
Falando dos concorrentes, o que é que se passou ali? Da última vez que tinha lido sobre este programa o objectivo era cada um deles estar no papel de forcado e não no papel de palhaço. No entanto havia ali para todos os gostos. A Merche Romero parecia que ia dançar sevilhanas. O João Baptista era uma mistura entre uma personagem quinhentista e uma pessoa de etnia cigana. O José Castelo Branco era meio toureiro a pé, meio... não sei. E por aí fora.
Do pouco que vi, volto a dizer, podia fazer uma lista dos momentos deprimentes que ali se passaram. Porque foram muitos. Não sei se a Sic não conhece as palavras coordenação e ensaio geral mas cheira-me que andam a precisar de aprender.
Quase no final do programa, chamaram quatro homens para fazer acrobacias por cima do touro. Eles lá fizeram o trabalho deles. No final agradeceram. Mas... eis que Bárbara Guimarães achou que não. Achou por bem que aqueles quatro homens se estavam a preparar para o número mais arriscado e que faziam em conjunto. "Não, afinal foi só o agradecimento", constatou.
E pronto, voto neste como o melhor momento dos apresentadores. E voto em toda a emissão como uma das mais estúpidas.
Ahh, e se tivesse que votar num momento de magia votava naquele "Britney Bitch" a terminar a emissão. Todo um contexto... Todo... um... contexto.

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