20 de dezembro de 2012

Existe o tempo. E depois existe a falta dele.

Se há coisa que me irrita é não ter tempo. Não ter tempo não no sentido de ser uma pessoa ocupada mas no sentido de não ter o suficiente para fazer tudo aquilo que gostaria. Chateia-me chegar ao fim do dia, ao fim da semana, ao fim do mês e não ter feito metade das coisas que tinha planeado e, chateia-me ainda mais, chegar ao fim disso tudo e perceber que não tive tempo para fazer aquilo que (muito provavelmente) era o mais importante. Faltou-me o tempo para a família, para os amigos, para o amor e até para mim.... Por muito que tenha tentado fazer uma ginástica sobre-natural, por muito que quase tenha caído para o lado de andar sempre de um lado para o outro, por muito mas mesmo muito que tente desdobrar-me e partir-me em pedacinhos para conseguir chegar a todo o sítio e mais algum há sempre coisas a falharem. Há sempre histórias que não tive vagar para ouvir ou mesmo que o tenha feito estava a pensar noutros disparates enquanto falavam e não dei a atenção que mereciam. Há sempre conversas que ficam por ter e outras que ficam a meio porque o relógio já me estava a avisar que era tarde e tinha de ir. Há sempre promessas que ficam por cumprir, cafés que ficam por tomar, beijos e abraços que ficam por dar... Há sempre, mas sempre coisas que ficam por fazer e não deviam, prioridades que foram mal definidas, faltas que podiam ser evitadas. Há sempre dias que deviam ter quarenta e oito horas e meses que se tivessem sessenta dias era muito melhor! Porquê? Porque há sempre pessoas que ficam para trás mesmo sem querer, porque perdemos demasiado por já não termos tempo.

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