tag:blogger.com,1999:blog-39881476378480005132024-03-13T06:49:27.520-07:00o mundo é uma gaiola de loucosChttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.comBlogger239125tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-22791982535879023362015-11-09T16:19:00.001-08:002015-11-09T16:19:22.174-08:00.<div style="-webkit-text-stroke-color: rgb(0, 0, 0); -webkit-text-stroke-width: initial; line-height: normal;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">às vezes falta-me tempo. às vezes falta-nos tempo. tanto tempo. tempo útil. tempo para fazer o que não se faz no tempo que se tem. às vezes, tantas vezes, falta-me o tempo que é preciso para respirar, para fazer diferente, para sonhar. para ser. às vezes, tantas vezes, dizemos que nos falta tempo só que não o aproveitamos. esquecemo-nos que é preciso tempo para ser feliz. para resolver problemas. para encontrar soluções. gastamos o tempo que temos a dizer que precisamos de mais. a lamentar que podia ter sido diferente. e nem damos pelo tempo passar. </span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-color: rgb(0, 0, 0); -webkit-text-stroke-width: initial; line-height: normal;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">falta-nos tempo para dizer o que sentimos. o que queremos. para onde vamos. hoje falta-me tempo porque o gastei em tantas conversas evitáveis. porque não quis, tantas vezes, falar sobre o que realmente importa.</span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-color: rgb(0, 0, 0); -webkit-text-stroke-width: initial; line-height: normal; min-height: 11px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div style="-webkit-text-stroke-color: rgb(0, 0, 0); -webkit-text-stroke-width: initial; line-height: normal;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">hoje falta-me tempo porque escrevo sobre a falta dele. não nos falta tempo. falta-nos coragem.</span></div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-87593343267263648212015-08-31T13:43:00.000-07:002015-08-31T13:43:25.832-07:00zumba na canecaNo outro dia (vá, faz para aí uns dois meses) fui a uma aula de zumba. Assim num momento de loucura em que cheguei ao ginásio e não me apetecia estar outra vez com as pernas nas máquinas, naquele abre e fecha que me dá cabo de tudo.<br />
Jurei para nunca mais. Deviam ser umas quinze mulheres, quase todas mais velhas que eu mas com energia para dar e vender. No entanto, é importante referir que as aulas de zumba são compostas por diferentes tipos de pessoas. No "palco" está o professor que deve ter tomado qualquer coisa antes de entrar e dá saltos, saltos e mais saltos. Parecia alguém com um ataque epiléptico e temi pela vida dele. Na fila da frente estão as pessoas que vestem aqueles top's rosa e verde neon a dizer "zumba". Essas pessoas são completamente loucas. Fanáticas. Deliram, mesmo. Sabem as coreografias todas, cantam as músicas como se estivessem em pleno Meo Arena e vibram como eu vibro no Urban quando passa o "Show das Poderosas" e já bebi uns copos.<br />
A diferença entre essa fila e as restantes não está no jeito ou na falta dele. Está no "à vontade" com a cena.<br />
<br />
Escusado será dizer que fui para a última fila, na esperança de perceber a dinâmica da aula e de conseguir acompanhar aqueles passos estupidamente rápidos.<br />
Nunca me senti tão descoordenada. Esquerda, direita, frente, trás, salta, pula, faz um "V", faz um "Z", mãos no ar, abanar as mãos, abanar o rabo numa tentativa falhada de parecer sensual, esticar a perna, esticar a perna esquerda e o braço direito, dois passos para o lado, um passo para trás. Mais 5 minutos de aula e não seria estranho se me pedissem para saltar, tocar com as mãos no tecto e fazer uma pirueta.<br />
<br />
Mas tudo muda de figura quando toda a gente tem que gritar. Calma! Gritar? Sim, gritar mesmo. Soltar um grito em partes estratégicas da música e/ou da coreografia. Todas gritaram, deram o máximo com os seus pulmões fortes. Normalmente este grito acompanha a parte da coreografia em que tens as mãos no ar e as abanas como se estivesses nas Tardes da Júlia a gritar o 760 200 300.<br />
<br />
A Zumba é uma cena estranha. Demasiado intensa, demasiado rápida e com músicas que me fazem lembrar uma mistura entre os Morangos com Açúcar e as piores noites em que já passei em Lisboa. A probabilidade de voltar a uma aula destas ronda praticamente o zero. Até porque nada me entusiasma menos do que estar numa sala com paredes de vidro, a dançar o "Bailando" enquanto agito as mãos no ar e dou um grito. Nada.Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-16381132999202746362015-05-18T14:12:00.000-07:002015-05-18T14:12:09.388-07:00eu quero lá saber do Benfica!<div style="text-align: justify;">
Aqui a questão é: de todas as coisas que eu quero aprender e fazer nesta vida... eu gostava que alguém me ensinasse a dançar uma kizombada. Não só porque quero ir mostrar os meus dotes no Urban Beach e no Main mas também porque acho que é uma coisa um tanto ou quanto sensual. E o meu sonho sempre foi parecer um bocadinho sensual.</div>
<div>
Por isso, se alguém estiver a ler este blog e tiver estes conhecimentos, avise!</div>
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E não me mandem para escolas de dança porque eu não sou abastada. </div>
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<br /></div>
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Obrigada!</div>
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Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-38215929854067981282015-05-15T12:42:00.000-07:002015-05-15T12:42:08.382-07:00estou farta de gente intensa<div style="text-align: justify;">
Hoje, quando acordei para o mundo, reparei que estava mais intenso do que o normal. Ou então - e esta hipótese deve ser considerada - está sempre assim mas eu não reparo. A intensidade é um problema que nos tolda o cérebro. E eu estou farta dela. </div>
<div style="text-align: justify;">
Anda tudo a viver demasiado as situações. As pessoas andam nervosas, mesquinhas, capazes de matar este e aquele só porque sim. As pessoas andam estranhas e estúpidas. Especialmente estúpidas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Já não aguento tanta emoção, tanta gente sem nada para fazer que critica tudo e todos. Não sei se é culpa de terem pouco para fazer ou se as entidades onde trabalham não estão preocupadas com a produtividade, mas isto é demasiado para o mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vou passar a dar exemplos que, talvez e só talvez, podem ser um pouco exagerados. Mas é esse o objectivo. Por favor, sou muito nova para morrer. Compreendam as piadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Faz-se uma piada sobre gatinhos: "NÃO GOZEM COM OS GATINHOS. OS GATINHOS SÃO BONS PARA A HUMANIDADE. MORTE A QUEM DIZ MAL DE GATINHOS"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Faz-se uma piada sobre o Benfica: "MORTE A QUEM DIZ MAL DO BENFICA. DEVIAM TODOS LEVAR COM UMA COISA PELA CABEÇA. ORGULHO VERMELHO E BRANCO. RUMO AO 34"</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Fala-se bem do António Costa: "ESSE GAJO É UM SACANA. MORTE AO ANTÓNIO COSTA E A TODOS OS SACANAS COMO ELE".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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- Fala-se mal do António Costa: "PAREM DE CHATEAR O HOMEM. ELE É BOA PESSOA. VAMOS DAR OPORTUNIDADE AO COSTA! VIVA PS!"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Diz-se que se tomou um banho de imersão para relaxar: "QUE ESTUPIDEZ! TANTA GENTE SEM ÁGUA E TU A TOMARES BANHO ASSIM! HÁ PROBLEMAS BEM PIORES NO MUNDO!!"</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Diz-se bem de touradas: "SEUS INSENSÍVEIS. VOCÊS SÃO TODOS UNS CABRÕES QUE ANDAM A MATAR ANIMAIS. MORTE AOS TOUREIROS"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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- Diz-se mal de touradas: "É PRECISO DEFENDER A TRADIÇÃO. PAREM DE TENTAR DESTRUIR O PATRIMÓNIO".</div>
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<br /></div>
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- Chega um autocarro cheio e já não cabe lá um mosquito: "DEIXEM-ME ENTRAR PORQUE EU SOU MAIS QUE VOCÊS TODOS E ESTOU ATRASADO PARA O TRABALHO PORQUE ONTEM FIQUEI A VER AS NOVELAS DA TVI" Depois disto, a pessoa empurra toda a gente e as portas não conseguem fechar.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Uma actriz publica uma fotografia com o cabelo de outra cor: "FOGO! ISSO FICA-TE MESMO MAL. ESTÁS MESMO FEIA! QUE HORROR! DEVIAS TER VERGONHA DE SAIRES À RUA COM ESSE AR. DESILUDISTE-ME E EU ERA TUA FÃ :\"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- O Pedro Teixeira publica uma fotografia em tronco nú: "PEDRO, PFV RESPONDE-ME A ESTE COMENTÁRIO. SOU A TUA FÃ NÚMERO 1. TENHO 15 ANOS MAS ESTOU MEGA APAIXONADA POR TI. LARGA A SARA PRATA E DANÇA KIZOMBA COMIGO OU ENTÃO EU CORTO OS PULSOS"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estão a ver? É desta intensidade que eu falo. Chega. Acalmem a pipoca. Parem de querer matar toda a gente só porque eles gostam de cães e vocês gostam mais de gatos. Parem de achar que as pessoas ligam às vossas opiniões idiotas. Façam ioga. Pratiquem o bem. Comam sumos verdes. Corram um bocadinho que faz bem à alma. Mas parem com isto. O mundo não aguenta. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um bem haja a todos.</div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-76302823308138795912015-05-12T14:11:00.002-07:002015-05-12T14:11:23.096-07:00para baixooo, para ciiiima. para baixoooo, para ciiima.<div style="text-align: justify;">
Ir ao ginásio tem tanto de saudável como de constrangedor. Há sempre alguém que solta um barulho semelhante a um gemido enquanto lhe saltam as veias do pescoço, alguém que está prestes a ter um ataque cardíaco na passadeira e não sabemos como o salvar, alguém que trouxe umas leggings transparentes e cuecas pretas ou ainda alguém que mostra muito mais do que devia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na verdade, um ginásio é um espaço não só dedicado ao exercício físico, mas também a actividades de lazer relacionadas com "dizer mal dos outros" ou "trinta minutos a olhar, dois a exercitar".</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas um ginásio é também um lugar onde as mulher agacham. E a partir daqui, tudo o que parece normal, toma outra proporção. Agachar, dizem, é um movimento bastante sensual. Isto é discutível e merece alguma análise. Agachar é sensual dependendo de quem o faz. Tal como tudo na vida. O Pedro Teixeira, por exemplo, é sexy com uma sunga na praia. O meu vizinho do lado já não. </div>
<div style="text-align: justify;">
Agachar é, por si só, um exercício que requer muito cuidado. Assim que uma mulher começa a fazer agachamentos, existem muitos olhares centrados no levantar-baixar do rabo. Para quem olha, são dois ou três minutos em que tudo o resto parece irrelevante. Para quem faz, são dois ou três minutos em que nos sentimos mais observadas que a Irina. </div>
<div style="text-align: justify;">
Agachar - para além de ser uma palavra horrível - é um tipo de exercício que deve ser praticado com cautela. Que nos pode envergonhar ou colocar (ainda que por instantes) num patamar bastante mais sensual do que aquele a que estamos habituadas. Ou então não, dependendo de um conjunto de factores diversos tais como: se ao fazermos isto estamos com o rego de fora, se temos umas cuecas semelhantes a sacas de batatas e umas calças demasiado justas e/ou transparentes, se somos um pouco descoordenadas e os nossos movimentos são esquisitos (aqui entro eu) ou se ficamos com uma expressão facial semelhante a quando estamos aflitas para ir à casa de banho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porra, agachar é complexo. </div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-11763208697711823502015-05-11T05:54:00.001-07:002015-05-11T05:54:05.171-07:00apercebi-me agoraEnquanto faço um rascunho daquilo que quero escrever nas fitas de faculdade das pessoas de quem gosto mesmo muito, percebo que estou a dizer tudo aquilo que gostava que me tivessem dito.<div>
<br /></div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-13603807394599373032015-05-07T15:14:00.000-07:002015-05-07T15:14:30.715-07:00coisas que eu queria.<div style="text-align: justify;">
Estou a tentar comprar um biquíni desde o início da semana. O motivo é o normal: vem aí o calor e eu compro um todos os anos. Faz parte da rotina, não há volta a dar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas está a ser difícil. Quase que jurava que passou a ser uma peça de luxo. Passaram a existir duas grandes áreas no tema dos biquínis e fatos de banho: Existem os que têm uma parte de baixo parecida a uma saca de batatas que costumo ter na dispensa e outros que quiseram poupar no tecido e só tapam o que - dizem - é mesmo necessário. </div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto aos preços a coisa também não está fácil. Biquínis a noventa e cem euros parece-me só assim um pouco exagerado. Como se aquilo não fosse tudo à água do mar e ao cloro e não ficasse uma bela trampa. Custam cem euros porque são peças mega artesanais e mega diferentes. Tão diferentes que sou capaz de vos fazer uma lista de cinquenta páginas no facebook que vendem os mesmos modelos mas em padrões diferentes. Têm todos folhos, quarenta mil fitas a passar pelo corpo e buracos nos sítios mais esquisitos que proporcionarão um belo bronzeado caso queiram parecer uma obra de arte. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A verdade é que eu só queria um biquíni. Uma coisa normal, para ir à praia, gira mas que não precisa de ser artesanal, feita nos melhores ateliers ali da zona de cascais ou mesmo única. Eu só quero um biquíni. Uma parte de cima que me favoreça e uma parte de baixo que esteja no ponto certo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu só quero um biquíni.</div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-59925745879227515402015-04-22T14:28:00.000-07:002015-04-22T14:29:47.820-07:00São do Bayern desde pequeninos.<div style="text-align: justify;">
O meu avô jogou à bola. Jogou à bola a sério, numa altura em que o futebol era, acima de tudo, um prazer. Ganhava-se pouco a comparar com os dias de hoje. Viviam-se as emoções de forma mais descontraída. Jogava-se e ganhava-se (ou perdia-se) sem grandes confusões ou desatinos. A culpa não era do árbitro. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não por influências do meu avô, sou do futebol clube do porto. Podia ser de qualquer outro clube, assim como poderia votar num partido diferente daquele em que voto. Mas não sou. </div>
<div style="text-align: justify;">
Vivo o futebol à minha maneira. Não percebo a cem por cento de bola, nunca aprendi nem percebi muitas coisas mas gosto de um bom desafio. Gosto de ver o meu clube ganhar, sinto um aperto no coração quando assim tem de ser. Não sou fanática, nem quero ser.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O futebol, como qualquer outro desporto, é uma questão de respeito. Tal como na política ou no amor, não somos todos iguais e não gostamos todos do mesmo. Felizmente. Ainda assim há quem não perceba isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos dias seguintes a jogos importantes, o meu facebook fica insuportável. Há pessoas a discutirem a lógica da batata, como se estivessemos a salvar crianças da fome ou golfinhos das redes. Agridem-se, insultam-se e são os reis das ofensas verbais via internet. Há de tudo: quem saiba gozar, quem mande piadas inteligentes, quem seja desagradável, quem ache que tem graça, quem seja mesmo só estúpido e quem tenha nascido do Bayern. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem passou a amar-se a Alemanha, os alemães e até a Merkel. Para muitos, abençoadas as mães que pariram aqueles jogadores só por terem dado esta derrota ao FCP. Viva o Bayern, o Guardiola, o Thiago, o Boateng, o Xabi Alonso e todos os outros. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Reconheço (e creio que reconhecemos todos) que não foi um jogo brilhante. De forma alguma. Foi mau, estivemos mal e ia jurar que houve ali uma altura em que fomos todos beber uma jola e depois voltámos para o relvado. Eles foram brilhantes. Souberam fazer tudo bem, estudaram a lição. Ainda assim, um momento mau não faz uma vida. E todos os outros deviam saber isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O meu avô jogou à bola e sei que se fosse vivo via estes jogos comigo como amante de futebol e não como adepto de outro clube. E eu acredito que é possível ver o futebol sem dar murros, encher o facebook de comentários de revolta ou dar cinquenta gargalhadas maléficas quando se chega ao trabalho e está lá um colega para chatear com isto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fomos (e somos) muitas vezes bestiais. E só quem não sabe viver o desporto, pode vir dizer que agora somos bestas.</div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-50818894750942534682015-04-15T15:29:00.001-07:002015-04-15T15:29:16.965-07:00às carolinas.<div style="text-align: justify;">
Não conheço nenhuma Carolina que, pelo menos uma vez na vida, não tenha sido Catarina. Faz parte. Fazemos parte de um núcleo que sofre por pouca gente entender ou raciocinar o nosso nome à primeira. </div>
<div style="text-align: justify;">
Durante toda a minha vida fui Catarina sendo Carolina. Ao início ainda vai saindo um <i>não é Catarina, é Carolina.</i> Depois passa. Passamos a ser o que quiserem e nem se discute o assunto. Respondemos aos dois nomes e até olhamos para ver se não é para nós. Já fui Catarina na escola, entre colegas, entre amigos, desconhecidos, nos call centers, nos balcões de atendimento, no emprego e por aí fora. Já deixei de revirar os olhos, na esperança de que percebam a minha indignação. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo quem me conhece aos anos continua a, de quando em vez, confundir o meu nome. Grande parte dos meus antigos professores ainda me chamam Catarina com a mesma emoção, como se nunca tivessem sido chamados à atenção para o erro. Para qualquer Carolina que vira Catarina, é desgastante passar a vida inteira a ser confundida. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei se a culpa é da sonoridade ou se existe outra razão lógica para este facto. Mas gostava de pedir ao mundo que passe a dar mais atenção às Carolinas. Nós não merecemos isto. Somos gente porreira (no geral).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-18382878583851312732015-03-22T12:24:00.001-07:002015-03-22T12:24:36.566-07:00lembrar.Enquanto via todas as fotografias de quem atingiu mais um objectivo, lembrei-me das saudades que tenho de correr.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-rpESpyKuupM/VQ8WyrkBbiI/AAAAAAAABTw/6BF-2oIav9I/s1600/corrida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-rpESpyKuupM/VQ8WyrkBbiI/AAAAAAAABTw/6BF-2oIav9I/s1600/corrida.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br />Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-2870519975222350632015-03-11T15:58:00.000-07:002015-03-11T15:58:03.124-07:00só lhes falta falar<div style="text-align: justify;">
Durante toda a vida fui ensinada a amar os animais. Tendo noção que os animais não são pessoas, fui sempre educada para os respeitar e cuidar. Na minha casa sempre existiram bichos das mais variadas espécies e eu sempre fui a maior defensora de todos eles. Sei que não pensam como nós mas, muitas vezes, questiono-me se não serão mais racionais. Tive pássaros, tartarugas, hamsters, gatos e cães. Sofri sempre com a partida de todos eles e sei que vou sofrer muito quando os três quatro patas que habitam a casa neste momento forem para longe de mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os meus cães são parte integrante da minha família. Vivem connosco, brincam connosco, chamam por nós. Sofrem com a nossa ausência e nós sofremos com a deles, ainda que saibamos que vai ficar tudo bem. Conhecem-nos o tom de voz, sabem quando estamos zangados ou quando fizeram mal. Pedem-nos amor, festinhas e nós sabemos daquilo que gostam, de como gostam e o que querem. Sabemos quando é fome, vontade de ir à rua ou só e apenas uma vontade súbita de estarem perto de nós. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sofri muito quando o meu primeiro cão, o Pluto, desapareceu. O desespero foi tão grande que ainda hoje, quando vejo um cão parecido com ele, chamo baixinho e tenho esperança que me reconheça. Sofro muito quando o Bart, o Mozart ou a Oreo fogem de casa e não sabemos onde os vamos encontrar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os meus cães recebem-me sempre com euforia, não se esquecem de mim e conhecem o meu estado de espírito. Na verdade, só lhes falta falar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou muito sensível a todos os temas que se relacionam com animais. Já fiz voluntariado numa associação e estou sempre atenta ao que se passa. Ajudo quando posso e sinto sempre um aperto no peito quando vejo a quantidade de animais que as pessoas desprezaram, como se fossem lixo. Animais que cresceram mais do que deviam, que roeram mais do que era suposto, que ladravam e ninguém os conseguiu perceber. Que foram presentes de Natal indesejados, que fizeram necessidades fora do local indicado. Animais que foram abandonados, que passaram fome, que estiveram anos a fio acorrentados e doentes. </div>
<div style="text-align: justify;">
Respeito que as pessoas não se identifiquem ou não queiram ter um animal. Tal como respeito religiões ou raças diferentes. Mas não posso nunca aceitar que maltratem quem não tem voz para se defender.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Creio que, tal como em muitos outros temas, ainda falta fazer muito no que diz respeito à educação para este assunto. Não é possível converter o mundo às nossas ideias mas podemos começar por algum lado. Cada um tem as suas causas e esta é a minha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>Hoje nasceu uma ideia.</b></i></div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-38843970076843081772015-03-01T10:08:00.001-08:002015-03-01T10:08:42.125-08:00o ginásioServe esta publicação para dois fins distintos: para não pensarem que morri. Na verdade, tenho este texto em rascunho faz já uma semana. Mas estava inacabado e eu estava sem coragem para o acabar.<br />
<br />
Serve ainda para vos dizer que fiz um levantamento sobre os vários tipos de pessoas que frequentam ginásios. Especialmente aquele onde vou mas sem nunca esquecer que já estive em mais dois ou três. Passo a enumerar:<br />
<br />
- a terceira idade: Este grupo é mais válido para o ginásio onde estou actualmente. A terceira idade é, tal como o próprio nome indica, o grupo de séniores que procuram um espécie de fisioterapia mas sem recorrer aos hospitais públicos. São ainda aquelas pessoas que quando as encontramos no balneário nos contam a vida toda desde os tempos em que andavam atrás do pai e da mãe, passando pela juventude, o namoro à janela, o casamento aos vinte e os filhos. O reumático, as doenças vasculares, as quebras de tensão e outras coisas do género.<br />
<br />
- os turistas: São os que vão ao ginásio apenas para ocupar espaço e para justificarem aos amigos que também conseguem ser saudáveis. Sentam-se nas máquinas, fazem duas repetições e descansam dez minutos. Sentados na máquina que as outras pessoas querem utilizar e não podem. Falam ao telefone, queixam-se da vida e até fazem um ar como se tivessem corrido a maratona mas sem sair do sítio.<br />
<br />
- as gajas boas: De forma resumida são aquelas mulheres que usam as leggins mais apertadas que encontraram na Primark e um top que na realidade é um soutien e que lhes aperta os peitos até (quase) saltarem. Levam o tempo a fazer exercícios frente ao espelho enquanto pensam no quão giras são.<br />
<br />
- Os zés: São o meu grupo preferido e aquele que evito apanhar no ginásio. Chamo-lhes o Zés não por não gostar do nome mas porque me faz lembrar gente parva. São uns frangos com 15 ou 16 anos que tentam levantar trinta vezes o peso deles. Quase que lhes saltam as veias, os músculos, a pele e até mesmo os olhos. Ficam vermelhos que nem um tomate, fazem uns barulhos suspeitos e um pouco ridículos e vão em grupos. Calculo que seja porque são precisos pelo menos cinco para levantar aquele peso todo.<br />
<br />
- Os outros zés: Na verdade existe mais do que um tipo de Zés. Estes são os que estão tão inchados, que se lhes espetarmos uma agulha no braço, é capaz de rebentar (assim tipo balão, estão a ver?). Tomam trinta suplementos, usam camisolas de cavas e justas e não perdem um dia de treino. Transpiram muito e, por consequência, cheiram mal. Acham-se os maiores e nunca estão satisfeitos. São um grupo muito chato porque ocupam sempre as máquinas todas e passam, no mínimo, três horas no ginásio.<br />
<br />
- Os geeks: Vão ao ginásio carregados de aplicações no Iphone ou Android. As funções são variadas: contar os passos, as pulsações, o ritmo da corrida, os quilómetros, as calorias, a passada, os batimentos por minuto, o número de abdominais, o tempo de prancha, as músicas indicadas para um melhor rendimento, e muito mais. Na verdade passam mais tempo a iniciar e desligar aplicações do que propriamente a fazer alguma coisa mas vão sempre de telefone no braço e de fones nos ouvidos como verdadeiros atletas.<br />
<br />
- Eu e os iguais a mim: Vamos ao ginásio sempre que podemos mas rogamos pragas todos os dias. Queríamos ter nascido com o corpo da Irina ou com os músculos do (inserir nome de um homem que vos inspire). Infelizmente, ou somos gordos ou somos escanzelados. Vamos lá porque queremos resultados mas ficamos sempre muito tristes quando saímos e estamos iguais. Só queríamos que a genética tivesse sido favorável... Mas na vida não se pode ter tudo!Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-78663094845799165152015-02-22T13:54:00.003-08:002015-02-22T13:54:24.175-08:00saudade.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-95dEGM62xjI/VOpPnS3HG7I/AAAAAAAABSo/TF_5gKj860g/s1600/2014-11-18%2B16.42.24-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-95dEGM62xjI/VOpPnS3HG7I/AAAAAAAABSo/TF_5gKj860g/s1600/2014-11-18%2B16.42.24-1.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
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<div style="text-align: center;">
não conheço nada de bom na saudade. </div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-62509602884659627862015-02-15T13:49:00.000-08:002015-02-15T13:49:38.920-08:00em 2014, sobre amizade e de quando escrevi nas costas de um envelope.<div style="text-align: center;">
<i>Pedi tantas vezes, ainda que inconscientemente, para que ele saísse da minha vida. Era mais fácil. É sempre mais fácil quando podemos eliminar tudo aquilo que nos preocupa. Que nos destrói. Que não nos faz sentir bem. Pedi tantas vezes ao mundo, ao karma, à vida para o levar para longe e para nunca mais ter que o ver. Olhos que não vêm, coração que não sente. E eu sentia demasiado para poder continuar a lidar com ele, todos os dias. </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Ninguém ouviu o meu pedido, quase desesperado, para que ele fosse o mais depressa possível. Foi tudo ao contrário. Ele ficou sempre aqui, a moer o meu coração sempre tão pequenino de todas as vezes que o via. Só queria não ter que confrontar os erros mas os erros nunca saíram da minha frente. Creio que, apesar de tudo, eu nunca gritei o suficiente para que alguém me ouvisse. Pedi, sempre em surdina, num misto entre querer que estivesse bem longe de mim e a necessidade de nunca o perder de vista. </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Não sei bem se alguma vez quis mesmo, senti mesmo. Só queria que ficasse tudo bem mas não me lembrei que adiar o inevitável é morrer em pedaços. </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Ele continua aqui. Sempre, na minha vida. Nunca saiu, nem por um segundo e - creio eu - se o destino existe, quis que eu aprendesse que fugir é coisa de fracos.</i></div>
<br />
<br />Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-49030233278339789592015-02-14T08:17:00.002-08:002015-02-14T08:17:28.574-08:00não gosto do dia dos namorados<div style="text-align: justify;">
Repito, não gosto do dia dos namorados. Não é querer ser do contra, nem achar que sou rebelde e prefiro contrariar as tendências. A verdade é que não gosto deste nem do dia da mãe, do pai, da avó, do avô, do primo, da prima, do vizinho, do piriquito, do rato de esgoto. Não gosto de nenhum dia que me faça, por qualquer razão, ter que tomar uma atitude diferente a respeito de uma coisa com que lido naturalmente todos os dias.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se precisam do dia dos namorados para oferecerem um jantar, uma noite romântica, um bilhete de cinema ou um urso piroso, talvez seja melhor reconsiderarem a vossa relação e assumirem que não presta. Se precisam de chegar a este dia para fazerem uma declaração que mais parece o vosso testamento ou para soltarem todas as frases bonitas que pesquisaram no google, é melhor pensarem que são idiotas. </div>
<div style="text-align: justify;">
O amor, e correndo o risco de tornar isto num texto piroso, é uma coisa de todos os dias. Eu, por exemplo, gosto do meu namorado todos os dias. E discuto com ele sempre que for preciso (e discutiria hoje houvesse razão para tal. E mandava-o dar uma curva, se me apetecesse). Também sou capaz de lhe oferecer um jantar em várias alturas do ano, ou sempre que a carteira o permitir. Aliás, ainda esta semana lhe ofereci umas fatias de carne assada que a minha mãe tinha feito no fim de semana. E ele ofereceu-me uma lata de atum. Já a parte do urso piroso, não o farei em qualquer momento desta relação e posso bater-lhe se o fizer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O amor, para ser verdadeiro, tem que ser assim. Todos os dias. Para o bem e para o mal. Para os momentos em que concordamos e para aqueles em que, se ninguém nos impedir, podemos bem partir a cara à nossa cara-metade e dar-lhe um pontapé num sítio desagradável. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por tudo isto, estou a borrifar-me para o Dia de São Valentim. Recuso-me a pagar vinte ou trinta euros por<i> bifinhos com cogumelos recheados com amor e carinho. </i>Para isso, já chegam os jantares de aniversário em que como sempre o mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Espero que, para vosso bem, consigam ver um pouco deste dia em todos os outros. E quem não conseguir é um ovo podre.</div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-83600411462109905482015-02-09T11:57:00.001-08:002015-02-09T11:57:36.218-08:00não abandonei a base<div style="text-align: justify;">
Existem sempre inúmeras razões para abandonar, ainda que temporariamente, este espaço. Tantas, que chega a ser ridículo querer sempre justificar-me. Às vezes é porque a vida corre demasiado depressa e o tempo não chega, outras vezes é porque a imaginação e a vontade ficaram arrumadas, no canto da gaveta, completamente esquecidas. Pode ainda acontecer um fenómeno chamado <i>simplesmente não me apetece.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
Não há mal nenhum em não apetecer. Eu pensava que sim, até perceber que é perfeitamente natural existirem alturas em que não dá e pronto.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tem acontecido muita coisa nestes últimos dias: escrevi uma carta e ainda não percebi se me vou arrepender ou não, ganhei um emprego a acrescentar aos meus projectos, acrescentei mais uma constipação a este inverno rigoroso e engordei (o que uma vitória, não uma desgraça). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No meio de tantas coisas, ficou sempre o pensamento de que <i>depois escrevo sobre tudo isto. </i>Por agora, fica o resumo.</div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-47544093248356545252015-01-28T16:24:00.002-08:002015-01-28T16:24:34.913-08:00ainda da série #somostodos, um #somostodosAdrianaLima. Ou todas, vá.<div style="text-align: justify;">
Hoje acordei às oito e meia para ir ao ginásio. Levantei-me, vesti umas calças e um top ainda meio a dormir e fui fazer qualquer coisa para pequeno almoço. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sentei-me no sofá, ainda adormecida e sem vontade e fui ao facebook. </div>
<div style="text-align: justify;">
Deparei-me com a Adriana Lima, em biquini e com o ar mais sensual deste mundo. Confesso que neste momento fiquei triste. A Adriana Lima é muito boa, mesmo. Não é gira, não é engraçada, não é jeitosa, não é "nada de se deitar fora". Ela é boa. Muito boa. Boa todos os dias, Boazona. Uma gaja do caraças. Está ali tudo no sítio desde o rabo às mamas, passando pela barriga. E depois tem aquele ar meio diabo, meio anjo que lhe dá toda uma sensualidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E eu, que ando aqui cheia de planos de treino e planos alimentares pensei que o mundo é injusto e que os genes que nos tornam boas como o milho estão muito mal distribuídos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vida também é isto. Uma luta constante por um rabo firme e umas mamas zero descaídas. Por uma zona abdominal definida e uns quantos lamentos enquanto passamos foto a foto, o facebook da Adriana:</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-00-oodnfFjs/VMl9iiHivlI/AAAAAAAABRc/fX2HyK61zM0/s1600/adrianalima.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-00-oodnfFjs/VMl9iiHivlI/AAAAAAAABRc/fX2HyK61zM0/s1600/adrianalima.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-52183680079875856352015-01-22T12:02:00.000-08:002015-01-22T12:02:11.935-08:00ainda sobre isto de crescer:Nos últimos dias enviei o meu currículo mais umas quantas vezes. Continuo sem gostar da sensação de insegurança que sinto em cada uma delas.<br />
Como digo aqui ao lado, sou exigente com a vida. Demasiado, se calhar.Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-10921554541006704602015-01-19T14:23:00.004-08:002015-01-19T15:09:11.346-08:00Pouca coisa. Às vezes, nada.<div style="text-align: justify;">
Pouca coisa me faz mais feliz do que escrever. Escrevo isto, vezes sem conta, quando preciso de enviar uma carta de apresentação ou um e-mail que explique porque estou motivada a fazer um trabalho. E é verdade. Nunca menti a este respeito.</div>
<div style="text-align: justify;">
Desde que lembro que tenho diários. Primeiro em papel, onde cuspia os meus desabafos de pré-adolescente. Depois, também em papel onde falei das grandes paixões da minha vida. E sobre o que vem depois da paixão.</div>
<div style="text-align: justify;">
Escrever é, para mim, um acto quase inconsciente. Quase irracional. No geral, não preciso de pensar muito e as palavras saem naturalmente. Escrever é especialmente fácil quando existe tema para isso. E, verdade das verdades, é mais fácil escrever quando estou triste. Sempre foi, mesmo desde os meus tempos cheios de paixões. Normalmente, escrevia quando alguma coisa não estava bem. Hoje, continua a ser assim. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrever como trabalho é diferente de escrever porque sim. Exige uma obrigatoriedade um pouco triste, que nos obriga a levar o nosso pensamento para um lugar onde não estamos habituados a estar. Exige horários, temas, personagens, sentimentos programados. Exige que nos imaginemos felizes quando estamos tristes, ou vice-versa. E quando se trabalha escrevendo, ou quando se escreve trabalhando é difícil encontrar vontade em todos os momentos que os outros precisam dela. </div>
<div style="text-align: justify;">
Durante muito tempo deixei de ter diários em papel. Hoje, tenho este espaço de que preciso e ao qual recorro quando sinto necessidade de me distanciar da escrita obrigatória. </div>
<div style="text-align: justify;">
E é só assim que o imagino e só assim que faz sentido existir. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrever por obrigação pode ser uma situação complicada. Não que seja má, nada disso. Mas que nem sempre corre bem e que me leva a acreditar que afinal não sou assim tão boa nessa arte.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois volto aqui. E o que parecia difícil volta a ser feito de forma inconsciente. O que parecia ter de ser perfeito, volta a ser sempre normal. </div>
<div style="text-align: justify;">
Pouca coisa me faz mais feliz do que escrever. Às vezes, nada. </div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-30264068420347508592015-01-07T09:09:00.001-08:002015-01-07T09:09:23.959-08:00Estranho mundo...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-aGhVEBQ5yfc/VK1nLSg1xcI/AAAAAAAABQg/wMlH11c6khY/s1600/10906018_865349246840594_3511383897277144896_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-aGhVEBQ5yfc/VK1nLSg1xcI/AAAAAAAABQg/wMlH11c6khY/s1600/10906018_865349246840594_3511383897277144896_n.jpg" height="640" width="514" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-7259595775848682402015-01-06T04:32:00.002-08:002015-01-06T04:34:02.976-08:00#somostodosidiotas<div style="text-align: justify;">
Não sei se somos todos macacos. A minha dúvida prende-se essencialmente com o facto de considerar os macacos bastante inteligentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
No caso das pessoas, acho melhor lançar-se o grupo #somostodosidiotas. Eu, confesso, também sou. Uns dias mais do que outros mas não escapo a um pedaço de estupidez. No entanto, hoje venho falar-vos da espécie mais idiota e irritante dos últimos tempos: alguns estúpidos que arrendam casas. Em Lisboa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Para variar um pouco (e porque há coisas que nem o ano novo ajuda a mudar), estou à procura de uma modesta habitação, onde possa sentar o meu rabiosque e deitar o meu corpinho quando fizer escuro lá fora. Quando digo modesta, é mesmo. Primeiro porque sou só uma e não preciso de muito espaço, depois porque não tenciono ter muito trabalho a limpar e, por fim, porque alugar uma casa (modesta) em Lisboa equivale ao aluguer de um castelo encantado na terra do Shrek. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Perdida entre grupos no facebook recheados de idiotas e websites que pouco ou nada dizem, torna-se complicado satisfazer este pedido. Ora, é muito raro conseguir estabelecer uma conversa normal com o proprietário de uma casa na capital. No outro dia perguntei a uma senhora se o anúncio que publicou correspondia a um estúdio ou a um quarto e obtive a seguinte resposta "È QUARTO !" </div>
<div style="text-align: justify;">
Pronto. E assim ficou. </div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje tentei saber informações sobre outra casa modesta e a senhora recusou-se a enviar-me informações por e-mail. Só se fosse pelo telefone. Calculo que fosse para fazer uma chamada de vídeo para eu conseguir ver bem a casa. </div>
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<br /></div>
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Depois há sempre aqueles idiotas (mas estes são mesmo muito idiotas) que alugam um T0 a cair de podre por 600 euros. Se já é estúpido pensar em T0 e 600 euros na mesma frase, torna-se ainda pior quando a coisa mais comum naquele pedaço de habitação é a humidade e a necessidade urgente de obras. Existem também aqueles que acham que lá porque equiparam a cozinha com um frigorífico já podem pedir MIL euros por uma casa que nem tem um quarto propriamente dito. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Para terminar, queria só falar do tipo de idiota que publica uma casa a dizer que fica em Benfica e afinal fica mais precisamente na Amadora, mas mesmo lá para o fundo, num local bem distante (não tenho nada contra a Amadora, juro). </div>
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<br /></div>
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Adoro Lisboa. Mesmo. Mas odeio estas pessoas que nem sequer têm habilidade e inteligência para negociar meia dúzia de metros quadrados. E que ainda ficam ofendidos porque blábláblá já não há respeito nenhum pelos senhorios. </div>
<div style="text-align: justify;">
Se tivesse uns trocos a mais nos bolsos, alugava já uma via HomeLovers. E era muito feliz lá. Como não tenho, vou continuar à procura.</div>
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<br /></div>
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ps: Se um dia tiver uma casa para alugar, vou ser a senhoria mais fixe de todas! Prometo.</div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-20316729041453318892015-01-05T04:50:00.000-08:002015-01-05T04:50:20.882-08:00.bom dia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-GeHfPSoa3Qk/VKqHb3ofGeI/AAAAAAAABP8/INenaB7-xvs/s1600/d27a5007894c26b8bef78c817d43eb8e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-GeHfPSoa3Qk/VKqHb3ofGeI/AAAAAAAABP8/INenaB7-xvs/s1600/d27a5007894c26b8bef78c817d43eb8e.jpg" height="640" width="425" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma imagem para me fazer acreditar que está um tempo fantástico e não um frio do caraças. Para me inspirar nestes dias em que a saúde podia andar melhor e para me convencer que, depois disto, resta-me voltar ao ginásio para uma barriga destas e começar no yoga para me acalmar.</div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-8227925908959832412015-01-04T08:03:00.002-08:002015-01-04T08:05:02.879-08:003,2,1... 2015 e uma intoxicação alimentar<div style="text-align: justify;">
Ora, estou doente. Suspeita-se de alguma coisa estragada que, pelos vistos, só me fez mal a mim. </div>
<div style="text-align: justify;">
O início do meu ano fica marcado por vómitos, uma noite em branco, horas a fio no instagram e no facebook, dores no corpo, muito pouca comida no estômago e muitos níveis ultrapassados no Farm Heroes. </div>
<div style="text-align: justify;">
Depois disto, acho que chegou a hora de tentar dedicar-me a alguma coisa mais útil. Séries, quem sabe. E ainda depois disso, é melhor pensar em trabalhar a sério.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Espero que tenham começado 2015 de qualquer forma mais simpática. </div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-44488566329824976222014-12-27T08:03:00.000-08:002014-12-27T08:03:23.815-08:00escrevo antes de 2014 acabar porque, por mim, acabava agora<div style="text-align: justify;">
Chegou a hora de mudar de vida. Na verdade, ainda faltam uns dias e é só quando derem as doze badaladas mas, para mim, podia ser já. No facebook toda a gente teve um ano espectacular, reduzido a meia dúzia de fotografias com amigos. Escrevem-se as últimas palavras, deixam-se os últimos avisos. Agora é que vai ser. Gosto do poder que o último dia de cada ano tem em cada um de nós. Há uma magia um pouco sinistra, uma certeza inabalável de que vai mudar tudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2014 não foi o meu ano. Ou talvez tenha sido porque todos os anos são nossos desde que sejam vividos. Foi um ano apático, cheio de momentos que tinham tudo para ser<i> grandes, gigantes, com dez metros de altura.</i> Ficaram-se pelos dez centímetros. foi o ano das saudades, das lágrimas e dos fins que custaram muito a serem transformados em recomeços. Em que caí tantas e tantas vezes, que ainda me dói o lombo de ter ido ao chão. Tive, muitas vezes, a sorte de existirem mãos para me puxarem. </div>
<div style="text-align: justify;">
Acabei a minha licenciatura e fiquei sem palavras ao perceber que esses três anos passaram assim, sem mais nem menos, sem darem um sinal de que era melhor aproveitar porque tudo o que é bom acaba depressa. </div>
<div style="text-align: justify;">
Este fim trouxe-me o silêncio. A apatia, a falta de força de vontade. Em 2014 deixei de acreditar em mim. Mais vezes do que devia, menos do que esperava. As certezas caíram por terra, os sonhos pareceram mais distantes que as estrelas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tive medo. De não ser capaz, da inutilidade, da espera, do amor, da amizade, do mundo. Tive medo (e ainda tenho) de perder (as minhas) pessoas, de não conseguir endireitar o (meu) mundo. Em 2014 foram mais as perguntas que as respostas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Perdi amigos. Duvidei, por tantas e tantas vezes, de quem só queria o melhor para mim. Preocupei-me mais com o que pensavam de mim, do que comigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de tudo, fiz uma viagem, voltei a andar de avião, comprei os presentes de Natal com o meu dinheiro. Fiz vinte e um anos. Descobri as maravilhas do desporto e aprendi a gostar de sushi. </div>
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Só posso pedir que 2015 seja milhões de vezes melhor. Para não matar o cliché, quero que seja o ano das resoluções. Em dois mil e quinze quero tatuar o meu lema de vida. Aquele em que preciso sempre, sempre, sempre de acreditar. Quero deixar de ter medo da dor. Quero aprender a viver com a saudade de quem já não volta mais. Quero viajar e respirar fundo. </div>
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E acreditar em mim. Outra vez, como dantes. </div>
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Se me virem fazer o contrário, lembrem-me que está aqui escrito. As palavras servem sempre como promessa.</div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3988147637848000513.post-14980415482049931302014-12-23T14:42:00.001-08:002014-12-23T14:42:28.527-08:00ainda sobre isto<div style="text-align: justify;">
a minha relação com o Natal é complicada. Gostava de gostar como dantes. Gostava de ter tudo outra vez: a vontade de quem vem, a campainha que toca, os sorrisos de quem é feliz nestes dias. Gostava mesmo muito de fazer a árvore com gosto, de ter uma casa cheia (não de pessoas, mas de felicidade). Não peço a família grande que nunca tive, mas peço que me tragam de volta quem já não está.</div>
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O meu Natal escreve-se com saudade, como já o disse, porque já não tem o mesmo brilho. </div>
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Porque já não o vivemos com a mesma intensidade, não o aproveitamos com o mesmo carinho. O meu Natal escreve-se com saudades daquele cuja partida veio mudar tudo. </div>
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Se o tempo cura realmente tudo, ainda falta curar muito.</div>
Chttp://www.blogger.com/profile/17696909239762545048noreply@blogger.com0